Nos anos 1930, o frotista Leland James, sócio da Consolidated Freightways, situada em Portland, estado de Oregon, no nordeste dos EUA, tinha uma obsessão. Ele não se conformava com os pesos dos caminhões de então e buscava as especificações ideais para torná-los mais leves. James montava unidades em casa e em busca de seu objetivo, tornou-se precursor da configuração cara-chata.
No primeiro protótipo, a cabine encurtara 1.219 cm e pelo emprego do alumínio na lataria, o conjunto ficou mais leve em 907 kg. Na realidade, James levantara o assoalho da boleia, junto com tudo que fica em cima, embutindo o motor por debaixo. Estava criado o modelo COE (cabine sobre o motor, em inglês).
Limitados à ‘fabricação caseira’, James e seu sócio Tom Taylor não sabiam como fazer a produção deslanchar, enquanto os prejuízos cresciam. A ponto de os fornecedores como a Alcoa, Eaton, Cummins, Rockwell e outros resolverem dar-lhe socorro. Com o suporte, o primeiro Freightways COE entrou em operação no outono de 1940. Outras unidades foram montadas, mas só serviram à frota própria.
O cliente de fora, que consagraria a Freightliner ainda nascente, não aparecia. Talvez faltasse separar a transportadora da montadora e assim o produto foi rebatizado de Freightliner. A decisão foi em 1942 e virou o km zero da marca. Logo após, os EUA entraram na guerra da Europa e o governo desviou todo alumínio para a fabricação de aviões de caça e a fábrica de caminhões, então no estado de Utah, teve de ser fechada.
Em 1947, a Freightliner foi reaberta por iniciativa de investidores de fora, que apostavam no seu potencial. Seu estabelecimento fabril mudou-se para Newport, na costa oeste e em outubro de 1948, Vince Graziano, grande frotista local, resolve experimentar o Bubllenose (nariz de bolha), como era apelidado.
Ele gostou da potência de 275 cv, graças ao iniciante motor Cummins turbinado e em um ano e pouco havia adquirido outras mil unidades do modelo L-89. A economia americana dava saltos. Em 1950, a Hyster Company percebe que o trem perdia espaço para o caminhão, mesmo no longo curso e antevê próspero o futuro para o transporte intercontinental, tipo costa-a-costa sobre rodovias. Por isso, comprou o primeiro Freightliner com cabine-leito. Este pioneiro, já dotado de tacógrafo, percorreu 6,4 milhões de quilômetros, foi recomprado e restaurado pela fabricante para compor o museu da tecnologia do Transporte Rodoviário.
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