terça-feira, 26 de agosto de 2014

BERLIET T100,

Em 1957, a Berliet, tradicional fábrica francesa de caminhões conhecidos no Brasil dos anos 50, aceitou uma encomenda da empresa de pesquisa de petróleo francesa, realizada em sómete 10 meses.

No final dos anos 50 estavam a pleno vapor no trabalho na Algéria, nesse tempo colónia francesa. A ideia era fabricar três caminhões gigantes, os maiores do mundo. Com 100 toneladas de peso bruto total, os dois plataforma e o bascullante serviriam para a prospecção de petróleo nas colônias africanas do Norte da África, o Deserto do Sahara.


Como se pode ver nos vídeos, o bichinho é uma delicadeza sobre rodas. Equipado com um motor 12V/71 Detroit Diesel de dois tempos e 600/700 cv. Que som esse motor devia fazer nas extensões silenciosas da areia escaldante...Tinha já nesse tempo uma caixa automática e pneus da altura de um homem adulto na sua tração 6x6, um triunfo da engenharia Michelin.


A série não foi à frente apesar de ter sido construído com o mesmo chassi um cara-chata para mineração, que não conseguiu concorrer com os Euclid da época. Os derradeiros foram armados para o exército francês, puxadores de foguetes da famosa Force De Frappe do General Charles de Gaulle. Vejam no segundo vídeo, junto com os outros Berliet.


O único sobrevivente dos quatro fabricados foi presenteado à Fundação Marius Berliet pela estatal algeriana depois de ficar abandonado no deserto por mais de 20 anos, mas voltou pela estrada funcionando ao Museu. Óleo, bateria e Diesel...


O deseembarque do brinquedo em Alger: os primeiros passos no deserto:

domingo, 24 de agosto de 2014

10.160

Com PBT de 9,7 ton, o Delivery 10.160 oferece uma capacidade de carga útil de até 6.360kg. Ideal para entregas urbanas com agilidade e rapidez nos serviços rodoviários de curtas e médias distâncias. Equipado com o motor Cummins ISF de 3,8 litros e 160 cv de potência, traz importantes vantagens de custo/benefício em relação aos seus concorrentes e, com a opção de entre eixo 3.300 mm, fica preparado para atender a legislação de São Paulo, VUC.
Delivery 10.160

10.160 Plus

Preparado para receber o 3º eixo e peso bruto total (PBT) de 13 toneladas - a maior da categoria -, garante flexibilidade no trânsito urbano e rodoviário de curtas distâncias, além de atender à legislação de restrição de carga de São Paulo - VUC.
Equipado com o motor Cummins ISF de 3,8 litros com potência de 160 cv, está disponível com a caixa de transmissão ZF de 6 velocidades, que aumenta a robustez e durabilidade para operação urbana.
Delivery 10.160 Plus

9.160

Indicado para entregas urbanas com agilidade, rapidez nos serviços rodoviários de curtas e médias distâncias, traz importantes vantagens operacionais em relação aos seus concorrentes. Com o entre-eixo de 4.300mm, garante uma capacidade de carga útil de até 5.760kg, a maior do segmento de 9 ton. Seu freio a tambor nas quatro rodas proporciona maior durabilidade e eficiência, além do baixo custo de manutenção.
Delivery 9.160

5.150

Um caminhão para entregas urbanas e rurais com dirigibilidade de um automóvel.
Com o PBT de 5,5 t, ele vem equipado com o motor Cummins ISF de 3,8 litros e 150cv que propicia excelente retomada mesmo em baixas rotações, reduzindo em até 30% o número de trocas de marchas.
Duas opções de entre-eixos que atendem a legislação de São Paulo, VUC.
Sua cabine traz melhor visibilidade em saídas de aclives ou curvas, maior rapidez na tomada de decisão pelo motorista e facilidade para entrar e sair, proporcionando maior produtividade, além de segurança.
Delivery 5.150

8.160

O Delivery 8.160 traz flexibilidade e adaptabilidade para o transporte de carga com 4 opções de entre eixos. Indicado para entregas urbanas com agilidade, rapidez nos serviços rodoviários de curtas e médias distâncias. Equipado com o motor Cummins ISF de 3,8 litros com potência de 160 cv e caixa de transmissão ZF S5-420 HD, traz como opção 3 relações de redução, que se adequam às diversas aplicações, garantindo maior tração, menor consumo de combustível e o rendimento no tempo de viagem.
Delivery 8.160

domingo, 3 de agosto de 2014

Iveco Cavallino

Clique para ampliar a imagem Por ser mais leve do que os demais cavalos-mecânicos da marca produzidos e comercializados no Brasil, o nome Cavallino se encaixa como uma luva ao novo caminhão Iveco EuroCargo 450E32T. Mas não é apenas o tamanho, porque em matéria de desempenho o veículo demonstra força e desenvoltura para enfrentar a estrada com a carga para o qual foi projetado. Sem sofisticações, trata-se de um modelo enxuto, mas que não abre mão de determinadas características necessárias a um caminhão moderno que se propõe atender o transporte de carga em trechos de curtas e médias distâncias com 43 toneladas de PBTC.
Essa foi a impressão que ficou na equipe da Revista O Carreteiro ao devolver o conjunto na concessionária Cofipe, em São Paulo, depois de rodar por uma rota que incluiu variados tipos de relevo para se ter a oportunidade de sentir na prática a performance do Cavallino.
Como mais novo membro da linha EuroCargo no País, o veículo herdou qualidades da família, tais como a cabine que atende com eficiência ao motorista e ajudante no item conforto. Após subir os três degraus da escada de acesso ao seu interior, e sentar-se ao volante, a percepção do espaço oferecido é imediata. Cortinas e uma cama de bom tamanho contribuem para dar maior dimensão ao ambiente.
Na parte superior frontal há um módulo, no qual se encaixam o aparelho de rádio/CD/toca fitas, com duas luzes espia, ambas giratórias, além de uma terceira - maior - entre as duas (esta fixa). Abaixo, o painel de instrumentos, bastante simples e de fácil leitura, com os mostradores bem à vista, é montado em uma seção reta, sem a tradicional curva - que torna o painel envolvente - adotada por alguns fabricantes de caminhões. Velocímetro, conta-giros, marcadores analógicos de temperatura de água, pressão do freio, óleo e combustível, fazem parte do conjunto e ficam bem visíveis dentro dos dois raios do volante de direção.
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Cabine leito do modelo Iveco EuroCargo se destaca pelo espaço oferecido aos ocupantes e uma cama de bom tamanho para o descanso do carreteiro
Trata-se de uma cabine já conhecida pelo mercado, com ventilação eficiente e climatizador elétrico de série que funciona mesmo com o motor desligado, itens que somados ao banco do motorista com amortecimento pneumático e várias regulagens, inclusive do volante de direção, facilitam a vida do motorista. O ajudante também tem sua regalia e conta com um banco com encosto de braço e várias opções de regulagem para o assento. Mas tudo isso faria pouco sentido se a parte mecânica não correspondesse às expectativas dos transportadores em termos de desempenho, item que pode ser encarado como um dos maiores destaques do Cavallino.
Esse desempenho tem sua origem principalmente no motor Cursor, de oito litros, cuja versão maior, de 13 litros, tem feito sucesso com o modelo Stralis. Trata-se de um propulsor eletrônico, com intercooler e seis cilindros em linha - cada um com quatro válvulas - que gera 320cv de potência a 2.400 rpm. Na faixa de rotação entre 1.300 e 1.900rpm, o veículo trafega solto, a uma boa velocidade de cruzeiro e ainda guarda reservas de aceleração para possíveis retomadas.
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 A parte frontal de todo o painel de instrumentos e comandos é simples, com marcadores e botões de fácil acesso. No teto climatizador e luzes são itens de série do veículo
Isso é resultado também do conjunto mecânico que inclui a caixa de mudanças ZF 16 S 1650 O D, uma unidade Over-Drive utilizada em caminhões com motores de maior porte e potência. No caso do Cavallino, a transmissão ficou superdimensionada, o que significa, na prática, um escalonamento de marchas ideal, que reduz a quantidade de trocas durante o percurso. Os engates são feitos com facilidade e exigem um pequeno curso da alavanca de câmbio, a qual está bem posicionada em relação à posição do motorista.
O sistema de freio-motor demonstra eficiência quando solicitado. Denominado de Iveco Turbo- Brake, o sistema tem sua ação controlada pela central eletrônica do motor e seu funcionamento para segurar o caminhão acontece da seguinte maneira: ao ser acionado - através de comando no painel - as válvulas de escape abrem rapidamente até o final da fase de compressão, liberam o ar acumulado dentro do cilindro e a injeção de diesel é cortada. Não havendo a explosão o pistão perde seu ritmo de trabalho, o motor a rotação e o trem-de-orça segura o caminhão.
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 Motor Cursor, de oito litros e 320 cv de potência responde bem na estrada. Basculamento total da cabine facilita acesso para manutenção
O Cavallino é disponibilizado em duas opções de cabine, sendo a leito opcional. Outros itens de série do modelo são o porta-estepe, eixo traseiro com barra estabilizadora, volante com regulagem de altura, secador de ar do sistema de freio, freio motor de descompressão com três posições e cubo de roda dianteira com banho de óleo. O preço sugerido da versão com cabine-leito é R$ 205.130,00 e 199.130 para a cabine simples.
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 Banco do passageiro não tem amortecimento pneumático, como o do motorista, mas oferece opções de regulagem.

FICHA TÉCNICA
 
MOTOR
TipoDiesel, eletrônico e intercooler
Nº de cilindros6 em linha com 4 válvulas cada
Potência320cv a 2.400rpm
Cilindrada Total7.790cm3
  
TRANSMISSÃO
CaixaZF 16 S 1650 O.D (Over-drive)
Marchas16 sincronizadas e duas à ré
Relações11,64/ 9,70/ 8,00/ 6,67/ 5,73/
4,77/ 4,07/ 2,86/ 2,38/ 1,96/
1,64/ 1,41/1,17/ 1,00/ 0,83 .
Ré 9,41/ 7,84 (saída traseira para
tomada de força)
DiferencialMéritor MS23-165 simples redução
(relação de redução: 4,10:1)
 
SUSPENSÃO
Dianteira/CapacidadeMolas semi-elípticas, estágio único,
batentes de borracha e buchas
Silent-Block - Dois amortecedores
telescópicos de dupla ação e barra
estabilizadora / 6.600kg
Traseira/CapacidadeMolas semi-elípticas, dois
estágios com feixe auxiliar,
batentes de borracha, buchas
Silent-Block, dois amortecedores
telescópicos de dupla ação e
barra estabilizadora / 11.500 kg
 
DIREÇÃO
ModeloZF 8097 Servocom
 
RODAS E PNEUS
RodasRodas 8,25” x 22,5”
Pneus (série)Radiais s/ câmara 295/80 R 22.5
Opcional275/80 R22,5 sem câmara.
 
ABASTECIMENTO
Tanque de combustível2 X 280

http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/revista.php?recid=374&edid=36

Volvo VM 310 4X2

Clique para ampliar a imagem Resultado de investimento de 25 milhões de dólares, o Volvo VM 310 concorre num nicho de mercado atendido por composições de 43 toneladas de PBTC, tracionadas por cavalos-mecânicos “leves”. O modelo, indicado para médias e longas distâncias, no caso da versão cabine leito, ganhou destaque no seu segmento devido as características que vão desde a de ser equipado com mesma caixa de câmbio de 14 velocidades utilizada pelos modelos pesados da linha H e eixo para 43 toneladas com bloqueio de diferencial até à sua cabine que incorpora vários detalhes característicos da marca.
Depois de rodar com uma unidade cedida pela Volvo do Brasil, lastreada no peso de balança com sacos de areia, em um semi-reboque de 15,4 metros, restou à equipe da Revista O Carreteiro a constatação de que se trata de um veículo que dá conta do recado, atende plenamente à tarefa que se propõe, com o adicional de ser um caminhão confortável e agradável de se dirigir. E como é sabido, o conforto é um item bastante valorizado nos dias de hoje, em que o desempenho e a saúde do motorista representam uma preocupação para o próprio profissional do volante e também aos frotistas, cada dia mais focados na rentabilidade.
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Parte superior da cabine abriga tacógrafo e espaços porta-objetos. O painel envolvente facilita a visibilidade dos instrumentos e facilita o acesso aos comandos do veículo
Na prática, o conforto oferecido pelo veículo é resultado de um conjunto de itens que transmitem ao motorista a sensação de bem-estar e segurança, nos quais se incluem o espaço interno e a boa ventilação da cabine apoiada sobre suspensão a ar, a qual se estende também para o eixo traseiro do cavalo-mecânico. O volante, por exemplo, é de bom tamanho e conta com ajustes de altura e profundidade que possibilitam uma regulagem adequada ao porte físico do condutor.
O banco do motorista tem amortecimento pneumático, as janelas contam com opção de vidros com levantamento elétrico, assim como o aparelho de ar-condicionado. Já o painel de instrumentos, por sua vez, rico em informações, mas longe de ser complicado, é desenhado de uma maneira envolvente para deixar todas as informações bem à vista e os comandos e botôes estão próximos das mãos de quem está no comando do veículo.
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Conjunto ótico integrado ao pára-choque é uma das características do modelo. O acesso à cabine é feita por dois degraus
Do lado de fora da cabine, um conjunto de espelhos externos, ao lado direito, proporciona melhor visibilidade dos objetos próximos ao veículo dentro de um certo campo de visão. Inclusive da roda dianteira, como nos modelos mais pesados e tratam-se de itens que ajudam na condução do veículo.
Outro ponto que merece destaque é a caixa de marchas de seis velocidades com mais seis reduzidas – além de duas crawler - com alavanca de pequeno curso e engates suaves através de cabos. O escalonamento de marchas não deixa aqueles “buracos” entre uma e outra, que podem alterar o comportamento do caminhão. Ainda na parte do trem de força, o motor MWM International de 7,2 litros e seis cilindros em linha, com 310cv de potência a 2.200 rpm garante um bom desempenho da composição operando na faixa verde entre 1.400 e 1.800 rpm, na qual é possível manter boa velocidade de cruzeiro entre 60 e 80 km/hora. O freio motor é do modelo convencional, o qual é ligado através de botão no painel, com acionamento automático quando o motorista retira o pé do acelerador.
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O espaço oferecido pela versão com cabine leito é um dos pontos positivos do cavalo-mecânico VM 310
Apesar de estar atrelado a uma carreta de três eixos e PBTC de 43 toneladas, a cabine não bate devido ao balanço do semi-reboque. A versão com cabine-leito cedida pela fábrica, oferece um bom espaço interno para os ocupantes, com porta objetos na parte superior além de um bom acabamento na parte de tapeçaria dos bancos, teto e painéis de porta. Guardadas as devidas proporções, em tamanho e agilidade - pois se trata de um veículo de carga - quando o VM 310 se encontra em operação na rodovia, em velocidade de cruzeiro com as janelas fechadas e o aparelho de ar-condicionado ligado, pode ser comparado a um veículo de passeio. Não se trata de exagero, mas em matéria de conforto o modelo fica próximo de seu irmão maior, o FH. Boa parte deste resultado, como já citado, é por mérito da cabine, uma unidade moderna, produzida na França para o modelo Midlum, da Renault Trucks, e emprestada à Volvo do Brasil, já que se tratam de empresas do mesmo grupo.
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Motor MWM 7A310 atende com eficiência ao PBTC de 43 toneladas do veículo


FICHA TÉCNICA
MOTOR
TipoMWM 7A310 - common rail
Potência/rpm310cv/ 228 a 2.200
Cilindrada7,2dm3
Diâmetro dos cilindros105mm
Faixa econômica1.200 a 1.800rpm
  
CAIXA DE MARCHAS
Modelo/TipoVolvo VT2214B
Relação de transmissãoRed 1)16,86:1 / Red 2)13,51:1
 / 1a 11,13:1 / 2a 8,92:1 / 3a
 7,16:1 / 4a 5,74:1 / 5a 4,68:1
 / 6a 3,75:1 / 7a 2,97:1 / 8a
 2,38:1 / 9a 1,91:1 / 10a 1,53:1
 / 11a 1,25:1 / 12a 1,00:1 /
 Ré 1)15,06:1 / 2)12,09:1 /
 3)4,01:1 / 4)3,22:1
  
EIXO TRASEIRO
Modelo/TipoRSS1043 - simples redução
Bloqueio diferencialopcional
CMT43 TON
Relações de redução3,58:1/3,91:1
  
SUSPENSÃO DIANTEIRA
Modelo/Tipoparabólica , c/ 2 amortecedores de dupla ação e barra estabilizadora
  
SUSPENSÃO TRASEIRA
Modelo/TipoRST -PAR1 - Parabólica de 2 estágios,c/ 2 amortecedores de dupla ação e barra estabilizadora.
  
OPCIONAL
Modelo/TipoRST AIR - a ar c/ controlador de alt. manual (2 estágios - condução ou engate/desengate), c/ mortecedores de dupla ação.
Nº de elementos elásticos2 bolsas de ar e 2 amortecedores

http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/revista.php?recid=382&edid=37

Mercedes-Benz Axor 1933

Clique para ampliar a imagem Lançado em março de 2005, o Mercedes-Benz Axor 1933 se posiciona como um caminhão de entrada no segmento de veículos pesados. Por conta disso, concorre numa faixa de mercado formada por cavalos-mecânicos com motores de até 330cv de potência e capacidade para 43 T de Peso Bruto Total. Trata-se de um nicho bastante concorrido, com a participação de modelos dos principais fabricantes de caminhões instalados no Brasil, cada qual com características próprias para atrair o interesse do transportador.
Um dos diferenciais do veículo, destacado inclusive pela fábrica, é a maior capacidade de carga, pois se trata de um cavalo-mecânico preparado para arrastar 46 toneladas de PBTC homologado para 47. Outro ponto é que disponibiliza sistema de freio a disco em todos os eixos como item de série, assim como a montadora adotou para a maioria dos pesados da marca. O computador de bordo, por sua vez, além de oferecer suas funções normais de manutenção informa também ao motorista - através do painel de instrumentos - quando é chegada a hora de trocar o óleo do motor, da caixa de câmbio e do eixo traseiro.
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O modelo cedido pela fábrica à Revista o Carreteiro, equipado com cabine leito de teto alto, estava atrelado a uma carreta sider de três eixos - sendo um deles espaçado para 10 mil quilos. Carregado com 28 toneladas líquidas de lastro de pedra, o veículo demonstrou vigor para tracionar a composição a uma boa velocidade de cruzeiro. Trata-se de um caminhão indicado para curtas e médias distâncias no transporte de produtos fracionados, paletizados, bebidas, cegonhas, alimentos e cereais entre outras cargas. O freio adicional do motor top brake, sistema hidráulico com controle eletrônico conjugado ao freio motor é item de série no modelo e também bastante efi ciente. Além de poupar o sistema de freio convencional permite manter o veículo em boa velocidade nos trechos de aclives, com segurança.
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Equipado com motor de 6 cilindros, 7.2 litros e 326cv de potência, o Axor 1933 tem atendido também ao transporte em trechos de longas distâncias, embora para este tipo de operação o mais indicado seja modelos com motores de maior potência. No seu caso trata-se de um engenho leve que contribui para reduzir o peso do veículo. De acordo com o fabricante, o cavalo-mecânico na versão cabine leito e teto alto pesa 6.400 quilos, com o tanque em alumínio de 590 litros cheio.
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Após um milhão de quilômetros rodados, caso o proprietário queira, o motor poderá ser trocado por outro remanufaturado pela própria fábrica, identifi cado como Renov, que atende também caixas de câmbio. Durante a viagem com o Axor 1933 foi fácil perceber que se trata de um caminhão efi ciente, confortável e fácil de ser conduzido. Detalhes como o banco do motorista com amortecimento pneumático, com várias posições de regulagem, e volante de direção com diâmetro adequado, contribuem com uma melhor dirigibilidade.
A alavanca de trocas de marchas bem posicionada e os engates suaves ajudam o motorista a desempenhar uma direção segura e confortável. O painel de instrumentos, que recentemente passou a ser idêntico ao dos modelos Axor de maior potência, é envolvente, moderno e facilita a vida do motorista, com informações bem visíveis e comandos próximos das mãos. Um exemplo são as alavancas do freio estacionário do cavalo-mecânico e do semi-reboque.
O interior da cabine é bem dimensionado e oferece uma boa cama e bastante espaço para os ocupantes e seus pertences de viagem. Opcionalmente, o modelo disponibiliza geladeira, ar condicionado e vidros elétricos. Além da cabine leito, o Axor 1933 é produzido também com cabine estendida, um espaço extra na parte traseira da boléia para acomodar um leito. Esta opção, porém, não tem encontrado, atualmente, a mesma procura da cabine leito.
FICHA TÉCNICA
MOTOR
ModeloMB OM 926 LA com gerenciamento
eletrônico
Tipo6 cilindro em linha,
turbocooler
Potência326cv a 2.200 rpm
 
TRANSMISSÃO
Embreagem430 mm monodisco seco,
servo-assistido
Caixa de mudançasMB G211
Marchas sincronizadas16 (8X2)
 
EIXOS
DianteiroMB VL4/51 DC 7,5
TraseiroMB Hl6/20 DCS 13
Redução3.909 (43:11)
Opcional4.300 (43:10)
Distância entre eixos4.300 (43:10)
 
FREIOS
De serviçoAr comprimido, dois circuitos,
discos nas rodas dianteiras
e traseiras
Área de frenagem total784 cm3 em cada eixo
(dianteiro e traseiro)
De estacionamentoCâmara de mola acumuladora,
acionada pneumaticamente,
com atuação nas rodas traseiras
 
PESOS E CAPACIDADES ADMISSÍVEIS (KG)
Eixo dianteiro técnico/legal7.100/6.000 kg
Eixo traseiro técnico/legal11.500/10.000
PBT legal/técnico18.600/16.000
PBTC45.000
CMT47.000

http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/revista.php?recid=398&edid=39

série Silver Line

Clique para ampliar a imagem Cada vez mais, o conforto e a potência ganham espaço nos caminhões estradeiros. Provas desta tendência são dadas constantemente com os modernos pesados que estão chegando ao mercado, nos quais a cabine se transformou em um agradável e seguro ambiente de trabalho. Um exemplo está no Scania 420 Silver Line, série especial lançada pela montadora em janeiro deste ano que se tornou um sucesso de vendas puxado, principalmente, pelo pacote de itens agregado ao veículo, pelos quais se pagaria bem mais caso não fossem incorporados aos modelos de uma série especial.
Espaço dentro da cabine e itens de conforto contribuem muito para o bem estar e desempenho do motorista, mas isso tudo faz mais sentido ainda se o veículo for complementado por um trem de força que proporcione reserva de potência e transmita segurança para o carreteiro. No caso específico do modelo da série Silver Line, trata-se de um cavalo-mecânico empurrado por um motor de seis cilindros, 12 litros e 420cv de potência, com grande performance já reconhecida pelo mercado de veículos extrapesados. Deste modo, para uma composição tracionada por um cavalo 4X2 e carreta de três eixos lastreada no peso de balança a tarefa foi muito fácil. Aliás, o veículo cedido pela Scania era uma das últimas unidades da série limitada a apenas 400 unidades.
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O pacote de itens ao qual nos referimos inclui banco com forração em couro, vidros das janelas com lavantadores elétricos, iluminação para a quinta-roda, calota de aço inoxidável, buzina a ar cromada fixada no teto, retrovisor com ajuste elétrico, hodômetro digital e quebra sol lateral. Uma relação de itens com preço avaliado em torno de R$ 20 mil reais que os compradores da série Silver Line levaram pela metade do preço. Como opcionais, restavam apenas o freio auxiliar retarder, tomada de força na caixa de câmbio e aparelho de ar condicionado.
Outros detalhes do modelo apresentam o mesmo perfil da linha pesada Scania, tais como painel moderno envolvente, com os controles à mão, posicionados em locais de fácil acesso, inclusive os manete de freio estacionário e da carreta; volante de direção com quatro raios que inclui design que permite a visão total do painel de instrumentos. Dois porta-luvas na parte superior frontal são bastante úteis, além de outros espaços para guardar objetos. Estes itens somados a toda a dimensão de uma moderna e arejada cabine-leito, mais banco do motorista com amortecimento a ar tornam o veículo uma agradável máquina estradeira.
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Outros detalhes importantes, tais como o silêncio dentro da cabine com o veículo em operação, engates de marchas suaves e a força de um motor de 420cv tornam a condução do veículo agradável e parecida com a de um carro de passeio, ao ponto de provocarem a vontade de viajar. Soam como um convite para enfrentar a estrada e melhor ainda se for por uma rota em bom estado de conservação da pista de rolamento. O veículo mantém boa velocidade de cruzeiro, proporciona segurança nas ultrapassagens, mantém o ritmo em trechos de aclives e deixa o motorista inteiro ao final de cada viagem.
A série Silver Line, identificada com uma faixa na lateral da cabine, conta ainda com a grade frontal com frisos prateados e ofereceu modelos nas cores vermelho-cereja, preto mágico e azul mediterrâneo. A série (produzida nas configurações 4X2, 6X2, com opção para suspensão a mola ou sistema pneumático, e 6X4, esta apenas com mola de aço) teve como comprador alvo motoristas autônomos e empresários do setor do transporte rodoviário de cargas que, segundo a Scania, "procuram dar maior identidade às suas frotas". Quanto a isso a montadora acertou na mosca, porque além de tudo, por onde passa o veículo atrai atenção. Outras séries especiais lançadas pela montadora foram a Jubileum (1991), Milenium (2000) e Horizontes, em 2001.

FICHA TÉCNICA
MOTOR
ModeloDC 12 01 com gerenciamento
 eletrônico
Tipo6 cilindros em linha, cabeçotes
 individuais com 04 válvulas
 por cilindro, equipado com
 turbo e intercooler (atende
 a resolução CONAMA fase P5)
Cilindrada11,8dm3
Potência420hp (313 Kw)
Torque máximo (1.100 /1.300 rpm)204kgfm/2000Nm
 
TRANSMISSÃO
Caixa de mudançasGRS 900 - 14 velocidades à
 frente, 12 sincronizadas, sendo
 uma overdrive e duas crawler
DiferencialR780, simples sem redução
 nos cubos
Relação3,08:1/3,27:1/3,40:1/3,80:1
Capacidade máxima de tração66.000 kg
 
MEDIDAS
Entre-eixos3.550 mm
Balanço traseiro997 mm
Comprimento total5.825 mm
 
CAPACIDADE TÉCNICA
Eixo dianteiro6.700 kg
Eixo traseiro13.000 kg
Tanque02 de 300 litros em plástico,
 providos de quebra ondas,
 rebaixo para impurezas e filtro
 no tubo de sucção
 
5a RODA
Modelo. standardJost 185 mm
OpçõesJost 150 mm e 250 mm

http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/revista.php?recid=477&edid=44

Axor 2428 6X2

 O fato de os caminhões novos serem normalmente mais eficientes do que a maioria dos modelos em circulação não é novidade para ninguém. Porém, o que nem todos conhecem é a distância que os separa em termos de desempenho e conforto. O aumento de potência aplicado aos veículos de carga nos últimos anos, sem penalizar o consumo de combustível é um item bem aceito pelo mercado, pois todos querem resultados satisfatórios.
O Mercedes-Benz Atego 2428 6X2 - com terceiro eixo de fábrica - é um modelo semipesado que faz parte da nova geração de caminhões, dotados de maior potência e mais rápidos, indicado para operações de transporte em curtas, médias e até longas distâncias. Trata-se de um caminhão lançado recentemente, cujo motor OM 926 LA de 279cv a 2200rpm tem 34 cavalos a mais que o modelo 2425 lançado em 2005 pela Mercedes-Benz para atender a este segmento.
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O trem de força conta ainda com uma caixa de mudanças sincronizada de nove velocidades, sendo que a primeira é crawler. Este recurso - utilizado normalmente em caminhões pesados - facilita a saída do veículo carregado, principalmente nos casos que se exige mais força para colocá-lo em movimento. O curso da alavanca de trocas é bem dimensionado e os engates macios facilitam a dirigibilidade, tornando-a próxima de um veículo menor, entre a de um caminhão e um carro de passeio.
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A redução do eixo traseiro é feita na própria caixa, que aliada à potência do motor forma um conjunto mecânico que dá maior flexibilidade para o motorista dosar o acelerador e poder cruzar marchas de um modo que ele ache o jeito mais adequado de conduzir o veículo, pois permite que se aproveite melhor o torque e a cavalagem do motor.
O resultado é uma boa velocidade de cruzeiro - e com segurança - independente do relevo da estrada, subida ou descida, isso carregado com carga total. De acordo com a ficha técnica do 2428 6X2, fornecida pela Mercedes-Benz, a carga útil máxima legal do veículo é 16.570 kg, mais 6.430kg de peso do chassi, com a cabine se chega ao PBT de 23 mil quilos.
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O modelo é equipado de série com o freio-motor Top Brake, um sistema que permite manter maior velocidade nas descidas e preserva a vida útil dos componentes do sistema de freio. Para completar, o modelo cedido pela Mercedes-Benz estava com relação do 1o eixo traseiro rodoviária.
O painel de instrumentos envolvente é simplificado, tem boa inclinação, é bem iluminado e deixa os mostradores e controles próximos da mão do motorista. O volante de direção permite regulagens de altura e de profundidade. Somado ao banco do motorista com amortecimento pneumático e várias regulagens, a dirigibilidade do veículo torna-se uma tarefa agradável. Este caminhão tem ainda como item de conforto o climatizador, opção que ajuda a tornar a cabine ainda mais confortável.
O Atego 2428 integra uma família de veículos de carga que chegou com a proposta de quebrar o tabu de que os caminhões médios e semipesados produzidos no País não ofereciam espaço adequado para os ocupantes. Desde o lançamento é disponível em três opções de cabine: standard, leito e estendida, sendo esta última versão definida pelo espaço extra existente na sua parte traseira, como a da unidade cedida pela Mercedes-Benz à equipe da Revista O Carreteiro. Trata-se, portanto, de um recurso que possibilita a acomodação de apenas um leito para descanso ou até o pernoite do motorista, que tem também à sua disposição uma cortina que fecha, internamente, toda a parte da frente.
FICHA TÉCNICA
MOTOR
ModeloOM 926 LA.III/23, gerenciamento
eletrônico com uma unidade
injetora para cada cilindro
Tipo6 cilindros, turbocooler e 4 válvulas
no cabeçote de cada cilindro
Potência279cv a 2.200rpm
 
TRANSMISSÃO
Embreagem430mm monodisco seco,
servo-assistido
Caixa de mudançasGD 131-9, com nove marchas
sincronizadas, sendo a
1a crawler
Relaçãoi = 1 4 . 5 7 3 ( c r a w l e r ) /
9.478/6.635/4.821/3.667 /
2.585 / 1.810 /1.315 / 1,00
Marcha-ré = 13,862
 
EIXOS
DianteiroVL 3/37 D – 6,5 – rígido,
tipo punho
1º Eixo traseiroHL 4/062 D – 11 – carcaça
central, com tubos de aço
imprensados
Bloqueio do diferencialOpcional
Reduções4.3 (43.10) e 3.917 (47:12)
rodoviária
2º Eixo traseiroNR 4 / 60 D –10 – rígido de
apoio, com freio motor
 
TANQUE
Capacidade210 litros, com opção para
unidade de 300 litros 21,0 l
 
PESOS ADMISSÍVEIS TÉC
Eixo dianteiro6.100kg
Segundo e terceiro eixos9.000kg em cada um
Peso total24.100kg
 
PESOS ADM. LEGALMENTE
Eixo dianteiro23.000 kg
Segundo e terceiro eixos57.000 kg
Peso total60.000 kg
 

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Volkswagen Constellation 25.370

 Lançado em agosto de 2007, o cavalo-mecânico 25.370 6X2 tem obtido destaque nas estradas brasileiras por ser o modelo da marca Volkswagen com maior capacidade de carga, e também por oferecer como um de seus maiores atrativos a cabine ampla, moderna e confortável. Equipado com motor de 367cv de potência a 2.000 rpm, disputa com modelos mais potentes a preferência dos transportadores para tracionar carretas de três eixos espaçados, sua principal aplicação, embora seja utilizado também para arrastar bitrem totalizando 57 toneladas de PBTC.
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Desde o lançamento, em agosto de 2007, foram entregues mais de 2.300 unidades, das quais cerca de 100 com o sistema de freio ABS, o qual passou a ser disponível para o modelo em outubro de 2008.O sistema eletrônico que evita o travamento das rodas - mesmo em freadas bruscas de emergência - gerencia o freio e garante maior segurança na condução do veículo, principalmente em situações de pista molhada com qualquer grau de aderência - e possibilita ao motorista controlar o veículo. Porém, como é comum ainda no Brasil, trata-se de um item opcional que tem custo adicional de R$ 6.300,00 ao preço do VW 25.370.
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A cabine é espaçosa e confortável e conta com uma boa cama;o painel de instrumentos é simples, descomplicado e reúne todas as funções e informações que o motorista precisa, enquanto a parte superior frontal oferece espaços para guardar documentos e outros itens
Equipe da Revista O Carreteiro rodou com uma unidade cedida pela Volkswagen atrelada a um semirreboque bitrem lastreado no peso de balança - 57 toneladas de PBTC - sob diversas condições de clima e em todo momento o conjunto transmitiu segurança e conforto, enquanto deslanchava na estrada. O motor não apresenta um bloco de 12 litros, como a maioria dos cavalos-mecânicos que atendem a faixa de carga acima de 50 toneladas, mas sobressai-se bem, principalmente pela desenvoltura da caixa de transmissão ZF 16S 1685TD, uma unidade sincronizada de 16 velocidades já conhecida no mercado, cujo escalonamento de marchas resultou numa excelente combinação com o motor NGD de 9.354 cm3, seis cilindros em linha, com quatro válvulas em cada um.
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Aliás, este motor é um engenho de alta tecnologia, equipado com turbo de geometria variável, um sistema que faz diferença no desempenho. Trata-se, em resumo, de uma turbina atrelada a um sistema de comando eletrônico que varia continuamente o ângulo de abertura de suas palhetas e a variação ocorre conforme o motor é exigido. Batizado pela engenharia da Volkswagen como MTS (Multi Turbo System), o sistema incorpora também a função de freio motor no escapamento. Isso ocorre através de um recirculador e resfriador que aproveita parte dos gases de exaustão, fazendo-a retornar à câmara de combustão para produzir a queima em temperaturas mais baixas e com menos emissões de poluentes. O freio motor gera 360cv de potência e se constitui em um sistema integrado eletronicamente à turbina e tem atuação no cabeçote do motor e opera em duas fases. Denominado Dual Power Brake (DPB), proporciona aumento na velocidade média em trechos rodoviários em declives, com menos trocas de marchas.
Outros destaques do VW Constellation 25.370 são o levantamento parcial, ou total, do terceiro eixo, e o sistema de bloqueio transversal do diferencial. No primeiro caso, a operação - realizada através de um botão no painel da cabine - dá mais tração ao veículo quando necessário, porque parte do peso da carga é transferida para o eixo de tração do cavalo-mecânico. No segundo, trata-se também de um item de série da versão 25.370 que proporciona maior tração ao veículo nos trechos de subida, sendo que seu acionamento também é realizado através do toque em um botão no painel.
Na parte de conforto, o modelo atende plenamente às expectativas do motorista e do ajudante, pois a cabine além de espaçosa, como já foi citado, é também muito silenciosa e transmite tranqüilidade aos ocupantes. Este resultado se deve em parte ao sistema de vedação dos ruídos externos e do motor, e também ao sistema de suspensão da cabine, que conta com amortecedores frontais e traseiros com regulagem, cuja função maior é evitar vibrações que incomodam os ocupantes do caminhão, principalmente em trechos de longas distâncias em que se passa várias horas na cabine.
Ainda na cabine, alta e com um colchão para motorista de qualquer porte físico, os ocupantes têm à disposição um espaço para guardar objetos, cuja tampa pode ser convertida em mesinha. O painel de instrumentos é simples e descomplicado com todas as funções e informações necessárias ao carreteiro, além de o volante de direção ter um bom diâmetro e oferecer regulagem de altura e profundidade. A parte superior frontal da cabine também oferece espaços para guardar documentos e outros itens. Para finalizar o teto conta com alçapão (de série) que também contribui para a ventilação do espaço, que se alia a outros itens de conforto como os vidros com levantamento elétrico e aparelho de ar condicionado. O preço de tabela do VW 25.370 com cabine leito é R$ 336.405,00.



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Mercedes-Benz Axor 2044 4X2

 stradeiro nato, o Mercedes-Benz Axor 2044 4X2 tem o privilégio de ser o modelo mais potente da marca atualmente no País. Com seu motor de 428cv de potência a 1.900rpm, é um caminhão que conta com um trem de força eficiente, sobra espaço na cabine para motorista e ajudante, o teto é alto e a condução é fácil, além de outros atributos que têm conquistado carreteiros e donos de frotas.
Indicado para o transporte de longas distâncias, com todo tipo de carga e sem restrição de operação, seja sider, baú, carga paletizada ou até mesmo para o transporte de automóveis zero quilômetro, já que os motoristas cegonheiros gostam de operar com cavalos-mecânicos de alta potência, o Axor 2044 atrelado a um semirreboque sider de três eixos cedido pela fábrica da Mercedes-Benz para a equipe da Revista o Carreteiro chamou a atenção pelo seu sistema de freio. Trata-se do Turbo-Brake, que disponibiliza 540cv de força e possibilita que o conjunto cavalo-carreta percorra trechos de grandes declives sem que o motorista pise no pedal do freio. Isso com o veículo carregado no seu peso de balança: no caso em questão, com o PBTC de 40 toneladas.
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Modelo equipado com sistema de freio Turbo-Brake percorre trechos em declive sem necessidade de usar o freio de serviço
Para confirmar a eficiência do sistema e suas vantagens, o trecho percorrido foi a descida da Serra do Mar pela Via Anchieta, rodovia que liga o planalto paulista e a cidade de Santos, onde está localizado o maior porto da América Latina. Antes, cabe uma pequena explicação para que o leitor não se confunda: além do Turbo-Brake, a Mercedes-Benz oferece também, desde o início de 1993, o Top-Brake, sistema que atua na compressão dos gases de escape diretamente no cilindro do motor. Cerca de três anos depois, o Top-Brake passou a ser item de série. Já o Turbo Brake, por sua vez, foi lançado em 2005, junto da linha Axor e até hoje é um item opcional nos veículos da marca.
O Turbo-Brake atua na contrapressão dos gases de escape, diretamente na turbina do motor. Consiste basicamente no aumento do estrangulamento dos gases através de um dispositivo que atua sobre a parte quente da turbina. Esta restrição na saída dos gases de escape faz com que a parte quente da turbina - que move a parte fria responsável pela admissão do ar - aumente sua velocidade proporcionando ao motor maior aspiração de ar. Coloca mais ar nos cilindros e, conseqüentemente, ocorre aumento da compressão que, neste caso, é utilizado para segurar o caminhão.
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Cabine com teto alto e alçapão oferece espaço e conforto para o motorista e ajudante
O ar inserido no cilindro, em maior quantidade, obriga o pistão a atuar com mais força para atingir o ponto morto superior, e aumenta a eficiência da frenagem. "Todas as fases são controladas eletronicamente fazendo com que haja um monitoramento constante para resguardar a turbina de sobre-giro e o controle da compressão de ar pela válvula do Top-Brake", explica Eustáquio Sirolli, gerente de produtos da Mercedes-Benz do Brasil. No momento em que o Turbo-Brake está atuando, não há injeção de diesel nos cilindros.
Na prática, o Turbo-Brake começa a funcionar a partir do momento em que o motor atinge 900 rpm, e quanto maior o giro melhor seu desempenho para segurar o caminhão. A impressão que se tem é a de que o veículo estivesse vazio, mesmo com 40 toneladas de PBTC, e numa viagem longa, o motorista que já está acostumado ao sistema utiliza muito pouco o freio convencional. Outro detalhe, este informado pela Mercedes-Benz, é que o Turbo-Brake não aumenta o consumo de pneus. Já em relação à pastilha de freio - item utilizado pelo modelo Axor - chega a durar até 500 mil quilômetros. O semirreboque do conjunto cedido pela fábrica para a equipe de O Carreteiro era equipado com freio a disco nos dois eixos do cavalo-mecânico e também em todos os eixos do semirreboque.
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Painel de controle com fácil leitura das informações, posição da alavanca de câmbio bem posicionada contribuem para uma direção tranquila
Durante a descida do trecho da Serra do Mar, foram gastos 20 minutos para percorrer 13 quilômetros com o Top-Brake em funcionamento e o motor operando na faixa de 1.900 rpm, em 5ª marcha reduzida. Técnico da fábrica informou que caso fosse um bitrem a marcha ideal seria a 4ª simples e 4ª reduzida no caso de um rodotrem.
Neste ritmo, o percurso é feito em velocidade média de 40 km/hora e o motor operando entre 2.000 e 2.400 rpm. Quando, eventualmente, o giro subia a 2.500 rpm, uma cigarra eletrônica se encarregava de avisar ao motorista que era o momento de dar um leve toque no pedal de freio para corrigir o giro. Durante a descida, o motorista ia combinando os sistemas Turbo e o Top-Brake, em média, 50% para cada um e ao final da descida os discos de freio estavam apenas mornos.
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Cabine com boas dimensões possibilita a existência de uma geladeira sob a cama mais um beliche como opcional
Carreteiros que trafegam pela via Anchieta sabem que as chances de acidentes são maiores na segunda metade da descida da Serra, quando o sistema de freio já está quente e sem eficiência, acima dos limites de 600 graus para os discos e 120 para as lonas. No caso do Axor 2044, os sistemas de freio fazem uma grande diferença, principalmente em relação à segurança.
Mas o Axor 2044 4X2 tem pontos interessantes. Um deles é o computador de bordo que, entre outras coisas, informa ao motorista caso ele engate uma marcha errada. Informa também no painel - através de um sistema denominado WS (Wartung System) - os intervalos de manutenção do caminhão conforme seu uso. O veículo é confortável e transmite segurança para os ocupantes.
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Banco do motorista disponibiliza várias regulagens de acordo com o peso e altura do condutor
Em velocidade cruzeiro, com velocidade em torno de 80 km/hora, o motor se mantém na faixa de giro de 1.200 rpm e pé bem leve no acelerador. A cabine é silenciosa, veda bem os ruídos do motor e externos, os comandos estão à mão do carreteiro, que não chega cansado ao final de cada jornada. Entre os opcionais para o modelo constam Turbo-Brake, geladeira, cama beliche, aparelho de ar-condicionado, teto alto com escotilha e pistola de ar para limpeza da cabine.

O preço de tabela do Axor 2044 4X2 gira em torno R$ 350 mil.
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