domingo, 3 de agosto de 2014

Scania R 470

http://www.revistaocarreteiro.com.br/images/upload/3289.jpg O Scania R 470 LA 6X2 NA Highline integra um grupo de caminhões que todo motorista gostaria de dirigir no seu dia-a-dia, pois agrega um pacote de equipamentos, itens de conforto e desempenho que aliviam a jornada de trabalho e fazem o profissional sentir orgulho do veículo que dirige. Trata-se de um extrapesado bem resolvido, alinhado com o que existe de mais moderno em termos de espaço, ergonomia e trem-de-força. Seu motor de 470cv deve parte da potência ao sistema turbocomposto (conhecido como turbo compounder) , tecnologia que utiliza duas turbinas para gerar mais cavalagem ao engenho de 12 litros alimentado pelo sistema de injeção HPI, o qual gera maior pressão e, consequentemente, maior potência ao engenho, com menor emissão de partículas.
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Painel de instrumentos com boa iluminação facilita a leitura das informações
O sistema turbocomposto é uma exclusividade da marca no mercado brasileiro e opera com uma segunda turbina que aproveita todos os gases de escape que sobraram da turbina convencional para gerar energia. Ligada a um conversor de torque, esta segunda turbina se presta de um conjunto de engrenagens para jogar mais força no virabrequim, e este, por sua vez, leva mais potência ao motor, algo em torno de 10%. Sem o turbo composto, o mesmo motor de 12 litros tem 440cv de potência e equipa a versão R 440. Aliás, são potências diferentes, mas com o mesmo curso de cilindro.
Para a equipe da Revista O Carreteiro, que rodou com uma unidade R 470 6X2 cedida pela Scania, foi uma agradável experiência enfrentar a estrada a bordo de um caminhão com tal potência para arrastar um conjunto bitrem. Tal configuração, carregada no peso de balança, que não chega forçar o cavalo-mecânico e com isso se tem boa velocidade média de cruzeiro e com reserva de potência para que a viagem seja mais tranquila, faz o motorista se sentir seguro e mais à vontade na condução.
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Alavanca na coluna de direção concentra comandos do Opticruise
Para facilitar o trabalho, o veículo estava equipado com o Opticruise, sistema eletrônico montado sobre uma caixa de transmissão mecânica que realiza automaticamente as trocas de marchas. Disponibilizado no Brasil pela Scania desde 2001, a caixa realiza os engates sem desacoplar a embreagem e sem causar solavancos no veículo, reduzindo o desgaste da embreagem, dos sincronizadores e do trem-de-força. Contribui também para que o motor opere sempre dentro das condições ideais, tirando melhor proveito da máquina, de modo que as trocas de marchas são realizadas dentro do giro e resultam numa boa média de consumo, além de aumentar o controle do motorista sobre o veículo.
O Opticruise - que utiliza a caixa GRS900, de 14 velocidades, sendo 12 sincronizadas mais duas superlentas - arranca elogios do motorista. Na opção Hill (montanha, em inglês), por exemplo, usada em trechos de aclives, o sistema faz o motor trabalhar mais cheio para o veículo vencer subidas com maior desempenho. O sistema é inteligente e busca a melhor marcha para manter o ritmo do veículo nas subidas, com engates muito rápidos, para cima ou para baixo, conforme a necessidade do veículo.
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Cabine conta com uma cama de bom tamanho, sob uma geladeira, e oferece espaço amplo para movimentação do motorista
Os controles do Opticruise estão na alavanca da coluna de direção, mesmo se o motorista optar pelo modo manual, que na prática se resume a ele dar um leve toque para frente ou para trás na alavanca para efetuar as trocas. O sistema inclui pedal de embreagem, que pode ajudar nas manobras com o caminhão. Outro equipamento do veículo, o Retarder - que opera na caixa de câmbio e mantém o sistema de freio frio - pode ser integrado ao Controle de Velocidade e ao Opticruise, como era o caso do caminhão cedido pela Scania. Se usado no modo totalmente automático, o freio motor e o Retarder se mostram bastante eficientes, como é fácil perceber.
No modo "Descida" - acionado por dispositivo no pé esquerdo - o programa avisa o Opticruise e este reduz a marcha e segura o caminhão na descida. O sistema é desarmado quando o motorista pisa no acelerador, sendo que a maior parte das operações é controlada por alavancas na coluna de direção, que fazem papel de verdadeiras varinhas mágicas na condução do caminhão. Outra facilidade são as informações no painel de instrumento sobre o que o motorista precisa fazer.
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Faixa verde econômica do contagiro é mostrada no painel, conforme definição do computador de bordo
Quando o veículo está no modo automático, a marcha engatada aparece no painel. Outro detalhe importante são os botões integrados ao volante. Num deles o motorista aciona o piloto automático e informações sobre consumo, distância percorrida, tempo em marcha lenta, diagnose de falha do motor e peso do eixo trativo, entre outras. O contagiros não conta com a faixa verde, mas no modo de condução "estática" disponibiliza um conjunto de leds na cor verde, que indica a faixa econômica. No modo dinâmico, o computador de bordo define a melhor rotação do motor para o momento e adequa a faixa verde para a condução. Isso é possível a uma plataforma eletrônica que permite aos módulos trocar informações rapidamente.
Outro item importante é o aviso de sobrecarga na embreagem, de linha no modelo. Porém, existe opção para o controle de embreagem, um dispositivo que corta o torque do motor e evita que o motorista force o componente. Em conjunto com os recursos eletrônicos e mecânicos do R 470, sua cabine oferece bastante espaço e conforto para os ocupantes. Fazem parte do pacote de conforto o banco do motorista com ajuste lombar e outras regulagens e volante com vários ajustes em quatro direções. A ideia é que o carreteiro encontre a melhor posição para dirigir de acordo com seu porte físico, sem perder a visão do painel de instrumentos.
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Peso sobre o eixo trativo está entre as informações mostradas no painel
A suspensão a ar com seis bolsas - item de linha, mas existe opção por molas pelo mesmo valor - contribui muito no conforto da cabine, que conta ainda com um aparelho de ar condicionado eletrônico, em que a temperatura selecionada é mantida durante a viagem. Mesmo após desligar o caminhão, a ventilação pode ser programada para funcionar durante uma hora (ou oito de ventilação) sem comprometer a carga da bateria. A cabine conta com uma cortina com fechamento total, e na parte posterior, uma cama ampla com colchão liso, controle de luzes da cabine e do teto solar, além de uma geladeira sob a cama. Neste caso, se o veículo tiver como opção o "pacote classe de conforto". Trata-se de um conjunto de itens que dão maior segurança e tranquilidade ao motorista e deixam o trânsito do lado de fora da cabine. Preço de tudo isso, R$ 506.066,00.
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http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/revista.php?recid=701&edid=64

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