Em 1957, a Berliet, tradicional fábrica francesa de caminhões conhecidos no Brasil dos anos 50, aceitou uma encomenda da empresa de pesquisa de petróleo francesa, realizada em sómete 10 meses.
No final dos anos 50 estavam a pleno vapor no trabalho na Algéria, nesse tempo colónia francesa. A ideia era fabricar três caminhões gigantes, os maiores do mundo. Com 100 toneladas de peso bruto total, os dois plataforma e o bascullante serviriam para a prospecção de petróleo nas colônias africanas do Norte da África, o Deserto do Sahara.
Como se pode ver nos vídeos, o bichinho é uma delicadeza sobre rodas. Equipado com um motor 12V/71 Detroit Diesel de dois tempos e 600/700 cv. Que som esse motor devia fazer nas extensões silenciosas da areia escaldante...Tinha já nesse tempo uma caixa automática e pneus da altura de um homem adulto na sua tração 6x6, um triunfo da engenharia Michelin.
A série não foi à frente apesar de ter sido construído com o mesmo chassi um cara-chata para mineração, que não conseguiu concorrer com os Euclid da época. Os derradeiros foram armados para o exército francês, puxadores de foguetes da famosa Force De Frappe do General Charles de Gaulle. Vejam no segundo vídeo, junto com os outros Berliet.
O único sobrevivente dos quatro fabricados foi presenteado à Fundação Marius Berliet pela estatal algeriana depois de ficar abandonado no deserto por mais de 20 anos, mas voltou pela estrada funcionando ao Museu. Óleo, bateria e Diesel...
O deseembarque do brinquedo em Alger: os primeiros passos no deserto:
Nenhum comentário:
Postar um comentário