Indicado para o transporte de longas distâncias, com todo tipo de carga e sem restrição de operação, seja sider, baú, carga paletizada ou até mesmo para o transporte de automóveis zero quilômetro, já que os motoristas cegonheiros gostam de operar com cavalos-mecânicos de alta potência, o Axor 2044 atrelado a um semirreboque sider de três eixos cedido pela fábrica da Mercedes-Benz para a equipe da Revista o Carreteiro chamou a atenção pelo seu sistema de freio. Trata-se do Turbo-Brake, que disponibiliza 540cv de força e possibilita que o conjunto cavalo-carreta percorra trechos de grandes declives sem que o motorista pise no pedal do freio. Isso com o veículo carregado no seu peso de balança: no caso em questão, com o PBTC de 40 toneladas.
Modelo equipado com sistema de freio Turbo-Brake percorre trechos em declive sem necessidade de usar o freio de serviço |
O Turbo-Brake atua na contrapressão dos gases de escape, diretamente na turbina do motor. Consiste basicamente no aumento do estrangulamento dos gases através de um dispositivo que atua sobre a parte quente da turbina. Esta restrição na saída dos gases de escape faz com que a parte quente da turbina - que move a parte fria responsável pela admissão do ar - aumente sua velocidade proporcionando ao motor maior aspiração de ar. Coloca mais ar nos cilindros e, conseqüentemente, ocorre aumento da compressão que, neste caso, é utilizado para segurar o caminhão.
Cabine com teto alto e alçapão oferece espaço e conforto para o motorista e ajudante |
Na prática, o Turbo-Brake começa a funcionar a partir do momento em que o motor atinge 900 rpm, e quanto maior o giro melhor seu desempenho para segurar o caminhão. A impressão que se tem é a de que o veículo estivesse vazio, mesmo com 40 toneladas de PBTC, e numa viagem longa, o motorista que já está acostumado ao sistema utiliza muito pouco o freio convencional. Outro detalhe, este informado pela Mercedes-Benz, é que o Turbo-Brake não aumenta o consumo de pneus. Já em relação à pastilha de freio - item utilizado pelo modelo Axor - chega a durar até 500 mil quilômetros. O semirreboque do conjunto cedido pela fábrica para a equipe de O Carreteiro era equipado com freio a disco nos dois eixos do cavalo-mecânico e também em todos os eixos do semirreboque.
Painel de controle com fácil leitura das informações, posição da alavanca de câmbio bem posicionada contribuem para uma direção tranquila |
Neste ritmo, o percurso é feito em velocidade média de 40 km/hora e o motor operando entre 2.000 e 2.400 rpm. Quando, eventualmente, o giro subia a 2.500 rpm, uma cigarra eletrônica se encarregava de avisar ao motorista que era o momento de dar um leve toque no pedal de freio para corrigir o giro. Durante a descida, o motorista ia combinando os sistemas Turbo e o Top-Brake, em média, 50% para cada um e ao final da descida os discos de freio estavam apenas mornos.
Cabine com boas dimensões possibilita a existência de uma geladeira sob a cama mais um beliche como opcional |
Mas o Axor 2044 4X2 tem pontos interessantes. Um deles é o computador de bordo que, entre outras coisas, informa ao motorista caso ele engate uma marcha errada. Informa também no painel - através de um sistema denominado WS (Wartung System) - os intervalos de manutenção do caminhão conforme seu uso. O veículo é confortável e transmite segurança para os ocupantes.
Banco do motorista disponibiliza várias regulagens de acordo com o peso e altura do condutor |
O preço de tabela do Axor 2044 4X2 gira em torno R$ 350 mil.
http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/revista.php?recid=692&edid=63
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