sábado, 4 de outubro de 2014

R 420 6X2 EV

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Um caminhão empurrado por um motor eletrônico com 420cv de potência e equipado com caixa de câmbio automatizada chega a se contrapor com a realidade das estradas do País, onde a maior parte da frota precisa ser substituída por veículos mais modernos, eficiente e menos poluentes. Para os autônomos faltam recursos para atualização, enquanto os empresários do transporte rodoviário de cargas não vêem ainda como prioridade investir, por exemplo, em um sistema de troca de marchas automatizada, como o Opticruise oferecido pela Scania, equipamento utilizado pelo modelo R 420 6X2 EV,
O caminhão surpreende pelas suas características, seja em relação à potência do motor ou pelo espaço da cabine. É confortável na estrada e mesmo os longos percursos não cansam o motorista, que conta com piloto automático, ar-condicionado, vidros com levantadores elétricos, som interno e um ambiente silencioso. Como item de série o veículo incorpora ajustes no volante de direção e banco do motorista com suspensão a ar, além de um pacote de opcionais que inclui, levantador elétrico dos vidros, travamento central das portas, ar-condicionado, espelhos com desembaçador, rádio com CD player e freio auxiliar retarder, entre outros itens.


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Sistema de monitoramento IRIS interage com o motorista passando vários tipos de informação através de mensagens em display
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Interruptor permite que o motorista escolha programa de condução e ajuste as mudanças de marchas em rotações mais altas do motor

Outro dispositivo agregado ao veículo é o IRIS (Inteligência e Rastreamento Integrado por Satélite) um sistema de monitoramento e rastreamento de veículos desenvolvido pela Scania no Brasil. Além de combinar a tecnologia GSM/GPRS dos telefones celulares à tecnologia de comunicação digital via satélite, o IRIS interage na dirigibilidade e avisa ao motorista, com alertas sonoros, quando há violação de algum dos parâmetros preestabelecidos.

A mensagem enviada pelo equipamento – sempre acompanhada de um sinal sonoro - aparece no display, como por exemplo “EXCESSO DE TURBO”, situação em que o IRIS acusa excesso de rotação porque mesmo que o caminhão esteja na marcha certa, o motorista está pisando mais no acelerador do que o necessário e, como conseqüência, gasta mais combustível. Por isso, o sistema pede para ele aliviar o pé. O sistema permite, ainda, que o caminhão seja acompanhado de uma central, de onde é possível se ter dados sobre paradas, giro do motor, trocar informações e outras 18 funções. As mensagens, todas codificadas, são enviadas por blocos em períodos pré-determinados.

Atrelado a um semi-reboque bitrem carregado com ferro gusa no peso de balança, o conjunto deslizava pela estrada e o torque de 2000 Nm na faixa de 1100 a 1300rpm mantinha o desempenho do caminhão nos trechos de aclives ou mesmo nas retomadas de velocidade. A unidade cedida pela Scania era equipada ainda com o Opticruise, um sistema que utiliza uma plataforma eletrônica para que uma caixa de câmbio mecânica passe a fazer as trocas automaticamente, sem intervenção do motorista.

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Módulo eletrônico acoplado à caixa de câmbio faz as trocas automaticamente sem intervenção do carreteiro

Acoplado a uma caixa GRS900 R de 14 marchas, sendo duas crawler (o R indica que o veículo tem o sistema de freio auxiliar retarder), o Opticruise faz as trocas de marchas através de dois pistões – um longitudinal e outro transversal - para fazer o movimento do “H” que seria executado pelo braço do motorista. O sistema incorpora também pedal de embreagem, usado para manobras, e foi adotado após pesquisa da Scania realizada com motoristas na Europa.

Na prática, o Opticruise funciona como uma caixa de câmbio automática, porém, por ser uma caixa mecânica, o sistema mantém a rotação do motor na faixa econômica e dispensa aquela parte hidráulica utilizada pelas caixas automáticas, a que dissipa muita energia e acaba aumentando o consumo de combustível. O sistema automatizado aumenta o conforto do carreteiro, porque faz o trabalho de trocas conforme o relevo e por isso ele pode pular uma marcha que interpreta não ser necessária para a situação.

Em percursos urbanos a opção manual se sobressai, porque desta maneira o motorista fica com o caminhão “mais à mão” e pode fazer as mudanças de marchas em rotações mais baixas, numa condução econômica. Isso porque no sistema automático as marchas mais pesadas (da 1ª à 4ª) são trocadas na faixa entre 1800 e 1900 rpm, enquanto manualmente podem ser entre 1300 e 1400 rpm.

Como na condição de “anda e pára” em centros urbanos ocorrem muitas trocas de marchas é mais econômico o motorista fazer este trabalho. Além disso, as mudanças no modo manual exigem apenas um leve toque ao lado da alavanca de marchas, sem necessidade de pisar no pedal da embreagem.

Com um caminhão equipado com motor eletrônico, freio ABS e sistema de rastreamento que ajuda o motorista a dirigir, resta dizer que entre os itens que sobraram para o carreteiro se destacam a buzina e a chave de seta e, no caso do Opticruise, o pedal de embreagem, que é mais usado nas operações de manobra da carreta.
http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/revista.php?recid=220&edid=20

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