quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Caminhão Volvo é 90% reciclável

Motor, caixa e eixos são fundidos e aplicados em novos componentes

Pneus e borrachas acabam recauchutados; viram vários produtos

Baterias são renovadas e vendidas; o chumbo reutilizado, o ácido sulfúrico é convertido em água e plástico vira energia

Os produtos têxteis são incinerados e transformados em energia

As lâmpadas, depois de selecionadas, passam por reciclagem
Luís Alberto Caju
   Atualmente, cerca de 90% de um caminhão Volvo pode ser reciclado. Segundo o diretor de meio ambiente da montadora, Lars Martensson, no futuro é provável que ocorra escassez de metais e quando os preços subirem será necessário reciclar mais ainda. De acordo com ele, peças em boas condições podem ser usadas novamente, outras são recicladas ou utilizadas como fonte de energia. Os materiais de fabricação acabam selecionados tendo em mente a reciclagem.
  Diversas peças do caminhão Volvo podem ser reutilizadas, recicladas ou transformadas em energia. Baterias em bom estado acabam renovadas e vendidas. Ao reciclar, 60% do peso é chumbo, que pode ser fundido e utilizado em novas baterias. Cerca de 30% é ácido sulfúrico, ele é neutralizado e convertido em água. O restante é plástico que pode ser transformado em energia. O mesmo ocorre com discos/tambores de freio, sendo reciclados através de fundição.
  Pneus e borrachas compõem as carcaças de pneus em bom estado resultam em material recauchutado.  Às vezes transformam-se em tapetes, cones de marcação no trânsito, compostos de asfalto ou usados para reciclagem na indústria de cimento. Borrachas de outros tipos, bem como tubos ou juntas, viram energia.
   A parte eletrônica não fica atrás, pois os metais são reciclados. Os plásticos acabam reciclados em energia. Por meio de fundição, o vidro vira também produto na reciclagem. O Glicol é reaproveitado se a qualidade for elevada. Em outros casos, neutralizado e convertido em água adicionando-se bactérias.
   O gás do ar-condicionado (R134a HFC), caso não esteja contaminado com derivados de petróleo, pode ser reutilizado após a limpeza. Contaminado com óleo, é queimado e transformado em energia. Já as lâmpadas, depois de selecionadas, é alvo da reciclagem.  
  Os abafadores de ruído, os mais antigos, são compostos de metal e acabam na fundição. A partir da tecnologia SCR (Conama P7 no Brasil), os abafadores (além do aço inox da estrutura) contêm no interior substrato cerâmico formando uma colmeia composta de metais nobres e elemento ativo. A carcaça é reciclada enquanto o substrato cerâmico é fundido. Neste processo, os metais nobres e o elemento ativo podem ser recuperados.
  Os metais em geral (ferro, aço, alumínio, cobre e bronze) têm alto valor agregado. São reciclados em até 100% por meio de fundição.  Motor, caixa e eixos, quando em bom estado, sofrem renovação. O metal é fundido e aplicado em novos componentes.
  Óleo e filtro de óleo – Óleo de alta qualidade pode ser reciclado. Óleo contaminado, por exemplo, é utilizado como fonte de energia em indústria de cimento. Filtros de óleo podem ser reciclados em 90%. São centrifugados para separar o óleo. Metal e plástico são fundidos ou transformados em energia. Têxteis, incinerados, são transformados em energia.

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