A primeira apresentação oficial do Mercedes-Benz Actros no Brasil, a versão 4144 8X4, motor de seis cilindros em V com 435cv potência e PBT técnico de 48 toneladas, aconteceu na Fenatran de 2007. Ao lado de outros 17 modelos da linha oferecida no Brasil, o modelo totalmente produzido na Alemanha era a grande novidade da marca e com o importante detalhe de agregar muitas peças intercambiáveis com o Axor, na ocasião já comercializado no País.
Até então, durante anos a resposta dos executivos da Mercedes-Benz para a pergunta sobre quando o Actros seria disponibilizado para o mercado brasileiro tinha sido sempre a mesma: "este caminhão é para o mercado europeu, ele não serve para o Brasil", diziam. A confirmação de que o veículo top de linha da montadora seria disponibilizado para os transportadores brasileiros se deu na Fenatran de 2009, com o anúncio da importação do Actros 2646 LS, nas versões 6X2 e 6X4. O plano da montadora era ter um estradeiro carregado de tecnologia para fazer frente a concorrentes que no mesmo evento anunciaram modelos modernos e altamente competitivos.
As vendas do modelo no Brasil começaram em maio do ano passado e, segundo informações da Mercedes-Benz, foram comercializadas 181 unidades até o final de dezembro, e outras 285 no período de janeiro a julho deste ano. Mesmo após um bom tempo no mercado brasileiro, o Actros ainda é uma novidade nas estradas e seu porte e design atraem atenção tanto de carreteiros quanto de pessoas que viajam de automóveis nas rodovias. Aliás, a atenção que atrai foi o primeiro sinal de que o Actros 2646 LS 6X4 - atrelado a um bitrem - é um veículo diferenciado. Mas como diz o ditado "quem vê cara não vê coração", o pesadão produzido na Alemanha tem muito mais a oferecer do que a aparência. Seus recursos tecnológicos o tornam um caminhão que privilegia três importantes requisitos de um veículo de carga: eficiência, segurança e conforto.
Antes, cabe dizer que o veículo é tracionado por um trem de força formado pelo motor de 6 cilindros em V e 456cv de potência a 1.800rpm e câmbio automatizado com 12 velocidades à frente e uma à ré, sem pedal de embreagem. Denominada de PowerShift, trata-se de uma transmissão que aproveita integralmente a força do motor e proporciona economia de combustível, já que as trocas são feitas eletronicamente e no momento certo. Aliás, as caixas automatizadas estão ganhando espaço no mercado brasileiro não somente pelo melhor aproveitamento do veículo, mas também pela facilidade de operação, deixando para trás aquele negócio do motorista ter de engatar várias marchas tornando seu trabalho muito mais difícil. Pra começar, antes do caminhão ser colocado em movimento, o sistema eletrônico, através de sensores, seleciona a marcha ideal para o veículo sair.
Cabine alta, com amplo espaço e piso totalmente plano são características do Actros, modelo top da Mercedes-Benz e que será produzido no Brasil |
Painel de instrumentos é um dos itens de grande importância para o motorista, pois é através dele que chegam as informações da operação do caminhão |
Banco do passageiro rebatido é mais um recurso que ajuda a ampliar o espaço interno da cabine. Cama com beliche e colchões sobre molas também são destaques do veículo |
Radar no para-choque monitora veículo que está à frente |
Apesar da longa experiência com caminhões modernos, João Moita admite que o Actros ainda o surpreende |
FICHA TÉCNICA | ||
Motor | ||
Modelo | MB OM 501 LA | |
Tipo | seis cilindros verticais em V | |
Potência máxima | 456cv (335kw) a 1.800rpm | |
Transmissão | ||
Caixa de mudanças (relações da 1ª à última) | MB G 330-12/11-64 - 0,78 | |
Seleção de marchas | Automatizada | |
Marchas | 12 à frente e quatro à ré | |
Eixos | ||
1º eixo dianteiro | MV VL4/51 DC -7,5 | |
1º eixo traseiro | MB HD7/0055DCGS-13 | |
2º eixo traseiro | MH HL7/055DCS-13 | |
Relações | 3,329 x 1,208 (29:24) =>4,143:1 | |
Distância entre eixos | 3.300mm |
http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/revista.php?recid=1072&edid=91
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