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O AEC modelo 853 «Matador», foi uma resposta à necessidade de um tractor para pelas de artilharia do exército britânico. O desenvolvimento começou em 1933 e o primeiro protótipo foi apresentado em 1937. Em 1938 o Ministério da Guerra colocou uma encomenda para as primeiros 200 exemplares. Os primeiros protótipos foram apresentados em 9 de Janeiro de 1939 e o primeiro veículo de série foi entregue em Novembro de 1939, já a Ii guerra tinha começado. O Matador esteve em produção até 1950, com uma produção total em torno das 10,000 unidades, tanto na versão a gasolina (853) como na versão a Diesel (O853). Embora outros veículos com características similares tenham entrado ao serviço, o Matador ficou especialmente conhecido pela sua aptidão para operar no campo de batalha. Ele operou como tractor de artilharia para peças pesadas de calibres 114mm e 140mm. A reconhecida resistência mecânica do sistema, fazia do Matador um veículo confiável. Depois de terem servido em exércitos muitos foram vendidos e continuaram ao serviço como viaturas utilitarias ou de bombeiros até aos anos 70. A sua resistência mecânica, também levou a que fosse adaptado como viatura de recuperação, que operava no campo de batalha, rebocando e apoiando a reparação de viaturas pesadas. Ele é também um dos veículos mais reconheciveis de todos os veículos médios britânicos, porque a sua plataforma é a mesmao que foi utilizada para os famosos «Double Deckers» ou autocarros de dois andares de Londres nos anos 40 e anos 50. O Matador também era conhecido como caixote ou caixa sobre rodas, por causa do seu aspecto «quadrado». A utilização de madeira para a construção da cabine, foi uma forma de reduzir custos e aproveitar metal numa altura em que a Grã Bretanha lutava sozinha contra os alemães. Foram produzidas várias séries, de entre as quais se destaca o «Deacon», um AEC Matador, sobre o qual foi montada uma torre armada com um canhão anti-tanque de 57mm. O «Deacon», que se pode ver na imagem acima, foi uma adaptação de emergência destinada a dar às forças britânicas maior mobilidade, enquanto armas adequadas não eram fornecidas em numeros suficientes. Esta adaptação fez do Matador um dos poucos camiões anti-tanque que alguma vez existiram. 175 exemplares foram produzidos. Foi também lançada uma versão 6x6, conhecida como model 854, mas com menos sucesso. O principal interessado foi a RAF, que aproveitou a configuração para os seus camiões-tanque e camiões grua. Depois da guerra, seria lançada uma versão modificada do Matador que também não teve sucesso. Ele foi finalmente substituido por um novo veículo da AEC, que mantinha muitas das suas características, incluindo no entanto um novo motor e incorporando a tração 6x6. Esse veículo ficou conhecido como AEC «Militant». O Matador também foi utilizado pela Royal Air Force como veículo reabastecedor para aeronaves. Até ao final da guerra, foram produzidos 8,500 «Matador». Após o final da II guerra eles continuaram a ser produzidos, com mais 1,500 exemplares saindo da fábrica. Muitos continuaram ao serviço até serem substituidos pelo modelo «Militant» e outros foram vendidos a exércitos estrangeiros onde continuaram em operação até ao inicio dos anos 70. Notavelmente, até ao ano 2,000 ainda havia veículos «Matador» ao serviço, nomeadamente na versão grua, em empresas agricolas. Abaixo, operação de reabastecimento de um bombardeiro pesado Stirling. À esquerda um AEC Matador de transporte de combustível. |
http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/ter.aspx?NN=508
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